23 de jun. de 2009

FIQUE ESPERTO


Se você tem cachorro, agende o mais breve possível uma visita ao veterinário pra ter seu bichinho testado para a Leishmaniose, mesmo que more em regiões historicamente menos suscetíveis como os estados aqui do Sul. Pior que a H1N1 tão alardeada pela imprensa, a Leishmaniose mata e deixa sequelas dolorosas em suas vítimas.

O agente da doença é um protozoário (o Leishmania), que tem atualmente seis espécies identificadas no país, todas causadoras da doença. A transmissão se dá pela picada dos mosquitos Lutzomyia longipalpis, que a gente conhece como birigui - aquele mosquitinho pequenininho e chato que atravessa até mosquiteiro.

A Leishmaniose é uma zoonose: ela é transmitida de animais para humanos, e como o surto vem se alastrando e tomando conta do país, começa a representar um problema de saúde pública que não devemos desconsiderar.

Nos cachorros, a doença se manifesta primeiro pelo emagrecimento excessivo, aumento do baço e fígado, crescimento exagerado das unhas e feridas cutãneas que nunca cicatrizam. Nem sempre os cães portadores da doença desenvolvem os sintomas e, por outro lado, a leishmaniose é facilmente confundida com a sarna negra. Só um exame laboratorial pode determinar com certeza a presença desse protozoário.

Veterinários em todo o país estão orientados a solicitar de seus clientes autorização para a realização desse exame. Não espere: marque uma consulta e teste seu cachorro o quanto antes.

Por quê?

Porque o tratamento é caro, longo e mesmo com o total comprometimento do dono do animal, os resultados nem sempre são promissores.

Em humanos, os sintomas são similares e as feridas podem deixar a pessoa com a aparência de um leproso. Pra dar uma idéia da letalidade, dos oito casos registrados neste ano em Rondonópolis, um veio a óbito. Isso mesmo: 1 para 8, muito, mas muitíssimo maior que a mortalidade do H1N1.

É por isso que cresce entre as autoridades da saúde pública o entendimento de que a eutanásia de cães contaminados é a melhor estratégia na contenção da proliferação dessa doença.

Mas existe vacina, e os veterinários em todo o país estão orientados a vacinar todos os cães que testarem negativo para a doença.

Uma vacina, e você livra seu cão, a si e a todos que entrarem em contato com vocês dessa doença.

Podemos até culpar o dito aquecimento global pela proliferação da dengue, da febre amarela e agora da leishmaniose aqui no Sul, mas melhor que isso é prevenir: se todos agirmos com presteza, essa doença não vai nos pegar com as calças na mão.

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