Os cidadãos feridos nessas fotos são professores da rede estadual de ensino. Mal pagos, desestimulados e, em muitos casos, basicamente ignorados em suas precárias salas de aula em remotos rincões deste Rio Grande do Sul. Não são "baderneiros", como quer fazer entender o comandante da Brigada.
Há mais de uma década a Praça da Matriz não via cenas como essas. E olha que trabalhando por anos a fio num escritório bem lá na mesma praça, eu vi de tudo: desde o Grêmio campeão do mundo até as correrias e quebradeiras do MST.
E não venham me dizer que a tropa "fugiu ao controle": a dura repressão a toda e qualquer manifestação de oposição ao governo do Estado é ordem direta da governadora. E foi na expressa obediência a essa ordem que a brigada atirou com balas de borracha, lançou bombas de gás lacrimogênio e, finalmente, caiu na porrada mesmo. Aliás, foi pra isso mesmo que a Yeda nomeou o coronel Mendes - o cara do "tem que ir pro paredão".
Acuada pela infindável sucessão de escândalos (que, a bem da verdade, nem sempre começaram em sua gestão, mas mesmo assim persistiram); a cada dia que passa fica mais evidente a inépcia política da governante gaúcha em lidar com o contraditório - pedra fundamental da democracia.
Vergonha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário