16 de out. de 2008

O SEQUESTRO DE SANTO ANDRÉ

O drama, todo o Brasil vem acompanhando:




O que realmente me espanta é que os pais tenham permitido que sua filha criança de 12 anos atasse namoro com um rapaz de 19. Em qualquer país civilizado isso seria tachado como pedofilia.

Já tratei desse tema anteriormente - na época sobre um caso com um desfecho que não desejo para a jovem Eloá (ver o artigo Falando Sério, neste mesmo blog.

Vou continuar repetindo até que pais, amigos, professores e vizinhos entendam: "namoro" para meninas abaixo dos 16 anos só é namoro quando o garoto é da mesma faixa etária - no máximo dois anos mais velhos (e olhe lá, porque entre os 12 e os 18 anos as mudanças são tantas e tão radicais que mesmo meses podem representar anos). Criança de 12, de 14 anos envolvida com rapaz de 18, de 20 anos é PE-DO-FI-LI-A.

Pedófilo não é só aquele velho lascivo se esgueirando por trás dos arbustos nos playgrounds, nem tampouco só o enrustido sentado por trás do computador; a pedofilia não atinge somente crianças até os 8, 9 anos. Há uma idade legal e socialmente aceita que ronda os 16 anos para meninos e meninas. E em meninos e meninas saudáveis (tirando ou botando um ano) é a época em que se desenvolvem os hormônios e o cérebro está preparado para começar a "grande aventura amorosa". Mesmo estando aparentemente desenvolvida (com seios, trejeitos e tudo o mais) a capacidade intlectual e emocional de uma criança de 14 anos está muito, mas muito longe da maturidade.

O envolvimento diário, profundo com uma pessoa mais velha só pode - e é de fato - profundamente nocivo para o crescimento emocional dessas meninas, cujas personalidades em formação se deformam para acomodar os gostos e vontades da pessoa mais velha.

A própria Eloá andava afastada dos amigos, não é o que dizem? Esse foi, para ela, o ponto de ruptura: um certo dia, Eloá acordou e descobriu que enquanto seus colegas de escola viviam a plenitude de sua adolescência, ela se achava espremida contra uma maturidade para a qual não estava preparada e na qual não desejava ainda ingressar. Optou pelos amigos. O amo e senhor de suas vontades não aceitou. Deu no que deu.

Outra vez, meu recado aos pais: enfiem isso na cabeça e começem a desempenhar seus papéis de pais e educadores de uma vez por todas. É chato, dá trabalho e inclui, muitas vezes ir contra a vontade dos filhos. Mas no futuro dá resultados.

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