Um exemplo: na próxima vez que for gastar 600 Reais pra comprar um modelito desses:
Separe 5 pra quem só pode usar esse modelito:
Enquanto milhares de processos cuja rápida expedição beneficiaria a boa justiça aparentemente não vêm a luz no fim do túnel, o ministro do supremo (de plantão nas férias de seus pares) não parece ver qualquer impedimento moral em livrar do embaraço do justo e merecido xilindró os capitães da lama que nos enxovalha a todos e faz do Brasil essa triste figura no cenário mundial.
Hoje não é uma segunda normal. O normal seria ser ter meu sono perturbado desde as 4 da manhã pelo bucólico clip-clop seguido do farfalhar dos sacos plásticos revirados pelos catadores. Não aconteceu. Ao descer com o lixo, aí pelas 8 e meia, reparo não sem tristeza, na ausência da simpática senhora gordinha de óculos que costuma estar separando o lixo do outro lado da rua. Em dias normais, ela já está de plantão desde as 6 da manhã, distribuindo metodicamente nossos refugos: garrafas plásticas de um lado, caixas e papéis de outro, sacos e embalagens aqui e ali. Lá pelas 9 e meia, 10 horas, seu companheiro estacionaria a carroça, começando a carregar o lixo da rua. De duas a três viagens seriam necessárias para carregar todo o lixo da rua, e a operação se encerraria por volta das 2-3 da tarde. Durante todo esse tempo, a simpática senhora gordinha de óculos permaneceria de prontidão, atenta a qualquer residente retardatário.
Mas não é no doutor que quero me concentrar, afinal ele não caiu do céu simplesmente: foi convidado e hospedado pela governadora às nossas custas para a implementação do "projeto" (já parou pra contar quantas vezes a governadore repete essa palavra?).
Se a Yeda não sabe por onde começar a governar, por que é que se candidatou?! Será que a gente precisa de um yankee pra dizer o que a gente precisa?
O que este fato evidencia é, de um lado, a total incompetência do atual executivo estadual e, por outro, uma alienação que chega às raias da esquizofrenia. Encracada por incompetentes, oportunistas, larápios e toda a sorte de parasitas, Yeda busca agora uma solução mágica (com as devidas credenciais "científicas"). Essa história toda não passa de um factóide sem outra conseqüência imediata que o prejuízo nos cofres públicos - abastecidos com o dinheiro do meu, do seu imposto.
Depois de, sob o pretexto de otimizar o custo-benefício na rubrica do ensino, "remanejar" as escolas públicas da rede estadual, fechando umas salas de aula para superlotar as outras, o governo estadual mostra-se pródigo em desperdiçar dinheiro poupado com basófias.
Dizem que cada povo tem o governo que merece. Acho que como gaúchos, é hora de nos perguntarmos o que fizemos pra merecer um (des)governo desses.
Acorda, Yeda. Quer começar a tomar decisões no Piratini? Pega um táxi, anda de ônibus, caminha pela rua: a realidade está fora das paredes do palácio e as opiniões e soluções também. De quebra, é de graça e não precisa nem falar inglês.