Está nos jornais de hoje:
Mulheres protestam na Suazilândia contra extravagância da realeza
Centenas de mulheres na Suazilândia realizaram uma passeata pelas ruas da capital, Mbabane, para protestar contra os gastos com uma viagem ao exterior para compras feita por nove das 13 esposas do rei Mswati 3º. Elas alugaram um avião na semana passada para ir à Europa e ao Oriente Médio.
Os manifestantes entregaram uma petição ao Ministério das Finanças dizendo que o dinheiro poderia ter sido gasto de uma forma mais proveitosa. "Nós não podemos nos dar ao luxo de uma viagem de compras quando um quarto da nação vive com ajuda alimentar internacional", gritaram as mulheres. "Nós precisamos deste dinheiro para ARVs (medicamentos antiretrovirais)." Aids A Suazilândia, a última monarquia absolutista da África, é um dos países mais pobres do mundo e, estima-se, mais de 40% da população estaria infectada com o vírus HIV, que causa a Aids.
A passeata foi organizada pela ONG Positive Living (Vivendo Positivo), para mulheres com Aids.
Participaram dela mulheres de todas as faixas sociais, de profissionais liberais a representantes do setor agrícola.
O rei da Suazilândia, que tem 40 anos, foi criticado no passado por requisitar dinheiro público para pagar por novos palácios, um avião pessoal e carros de luxo.
A notícia da viagem de suas esposas apareceu na imprensa local um dia depois que elas deixaram o país.
Em meados desta semana, príncipes advertiram as mulheres para não realizar o protesto, dizendo que ele desafia a tradição do país.
(BBC - 21/08/2008 - 21h29)
Se você não faz idéia de que fim de mundo é esse, seguem alguns fatos:
Localização:
População: cerca de 1 milhão.
Política: foi protetorado da Inglaterra de 1902 a 1968, quando passou a integrar o Commonwealth como Estado independente. É uma monarquia absolutista.
Vive em estado de emergência desde 1973, dependendo de ajuda internacional.
Saúde: apresenta o maior índice de infecções por AIDS no mundo: 38,8% e a expectativa de vida é de menos de 40 anos. A taxa de mortalidade infantil é de 67 para cada mil habitantes. A UNICEF estima em 100 mil o número de crianças órfãs em conseqüência da AIDS. 54% da população tem acesso a água potável.
Economia: predomina a agricultura de subsistência, que ocupa 80% da força produtiva. 69% da população se encontra abaixo da linha de pobreza. 60% dos alimentos consumidos no país são importados.
Ajuda Internacional: o gráfico abaixo foi elaborado pela FAO:
As zonas em amarelo representam o percentual de indivíduos livres da fome, em vermelho a dos que estão inclusos na ajuda da FAO e as azuis dos que não contam com ajuda alguma. As colunas representam, respectivamente da esquerda para a direita: miseráveis, pobres, médios e remediados (incluindo os ricos).
Ora, que interessante: a ajuda internacional também atinge pessoas das classes A e B! Por quê será? Segundo a FAO, isso requer um "aprimoramento dos sistemas" que determinam os beneficiários da ajuda. Acorda, FAO: rico não precisa de arroz e feijão nem na Suazilândia. É mais que óbvio que há um GRANDE desvio desses recursos tão "generosamente" doados pelo primeiro mundo.
Aliás, explorar o sentimento de culpa que assola os cidadãos do primeiro mundo já virou profissão. Que o diga o presidente do Comitê Nacional de Respostas a Emergências, Ben Nsibandze que culpa o aquecimento global (causado, obviamente pelos países do primeiro mundo e economias emergentes) pela seca prolongada que está piorando a situação de miséria de quase 70% da população. Estranhamente, ele sequer comenta os aumentos nos preços das sementes e dos implementos agrícolas - todos importados das grandes multinacionais que todos conhecemos; cujos preços subiram cerca de 150% ao longo dos últimos 5 anos. Zeloso como é, o governo da Suazilândia certamente encabeça todas as negociações para a compra de sementes e implementos, sempre em benefício do tesouro. Mas, ora veja: é uma monarquia! O tesouro pertence ao rei: o rei é o Estado.
Fica a pergunta para os súditos da rainha, tão democráticos, tão cheios das "verdades" que não hesitam em esfregar na cara de todo o mundo como escudeiros da OTAN. A Suazilândia é tão membro do Commonwealth como a Austrália, a Nova Zelândia, a Escócia, a Irlanda e a própria Inglaterra. E aí, comissário Gordon? Como é que explica uma coisa dessas?!
Se você quer saber mais sobre a Suazilândia, vai ter que procurar. 99% do que se encontra na internet sobre o país são páginas oficiais ou oficialescas com informações turísticas e generalidades. Monarquia é isso.
Bah! Paro aqui antes que comece a vomitar.
Mulheres protestam na Suazilândia contra extravagância da realeza
Centenas de mulheres na Suazilândia realizaram uma passeata pelas ruas da capital, Mbabane, para protestar contra os gastos com uma viagem ao exterior para compras feita por nove das 13 esposas do rei Mswati 3º. Elas alugaram um avião na semana passada para ir à Europa e ao Oriente Médio.
Os manifestantes entregaram uma petição ao Ministério das Finanças dizendo que o dinheiro poderia ter sido gasto de uma forma mais proveitosa. "Nós não podemos nos dar ao luxo de uma viagem de compras quando um quarto da nação vive com ajuda alimentar internacional", gritaram as mulheres. "Nós precisamos deste dinheiro para ARVs (medicamentos antiretrovirais)." Aids A Suazilândia, a última monarquia absolutista da África, é um dos países mais pobres do mundo e, estima-se, mais de 40% da população estaria infectada com o vírus HIV, que causa a Aids.
A passeata foi organizada pela ONG Positive Living (Vivendo Positivo), para mulheres com Aids.
Participaram dela mulheres de todas as faixas sociais, de profissionais liberais a representantes do setor agrícola.
O rei da Suazilândia, que tem 40 anos, foi criticado no passado por requisitar dinheiro público para pagar por novos palácios, um avião pessoal e carros de luxo.
A notícia da viagem de suas esposas apareceu na imprensa local um dia depois que elas deixaram o país.
Em meados desta semana, príncipes advertiram as mulheres para não realizar o protesto, dizendo que ele desafia a tradição do país.
(BBC - 21/08/2008 - 21h29)
Se você não faz idéia de que fim de mundo é esse, seguem alguns fatos:
Localização:
População: cerca de 1 milhão.
Política: foi protetorado da Inglaterra de 1902 a 1968, quando passou a integrar o Commonwealth como Estado independente. É uma monarquia absolutista.
Vive em estado de emergência desde 1973, dependendo de ajuda internacional.
Saúde: apresenta o maior índice de infecções por AIDS no mundo: 38,8% e a expectativa de vida é de menos de 40 anos. A taxa de mortalidade infantil é de 67 para cada mil habitantes. A UNICEF estima em 100 mil o número de crianças órfãs em conseqüência da AIDS. 54% da população tem acesso a água potável.
Economia: predomina a agricultura de subsistência, que ocupa 80% da força produtiva. 69% da população se encontra abaixo da linha de pobreza. 60% dos alimentos consumidos no país são importados.
Ajuda Internacional: o gráfico abaixo foi elaborado pela FAO:
As zonas em amarelo representam o percentual de indivíduos livres da fome, em vermelho a dos que estão inclusos na ajuda da FAO e as azuis dos que não contam com ajuda alguma. As colunas representam, respectivamente da esquerda para a direita: miseráveis, pobres, médios e remediados (incluindo os ricos).
Ora, que interessante: a ajuda internacional também atinge pessoas das classes A e B! Por quê será? Segundo a FAO, isso requer um "aprimoramento dos sistemas" que determinam os beneficiários da ajuda. Acorda, FAO: rico não precisa de arroz e feijão nem na Suazilândia. É mais que óbvio que há um GRANDE desvio desses recursos tão "generosamente" doados pelo primeiro mundo.
Aliás, explorar o sentimento de culpa que assola os cidadãos do primeiro mundo já virou profissão. Que o diga o presidente do Comitê Nacional de Respostas a Emergências, Ben Nsibandze que culpa o aquecimento global (causado, obviamente pelos países do primeiro mundo e economias emergentes) pela seca prolongada que está piorando a situação de miséria de quase 70% da população. Estranhamente, ele sequer comenta os aumentos nos preços das sementes e dos implementos agrícolas - todos importados das grandes multinacionais que todos conhecemos; cujos preços subiram cerca de 150% ao longo dos últimos 5 anos. Zeloso como é, o governo da Suazilândia certamente encabeça todas as negociações para a compra de sementes e implementos, sempre em benefício do tesouro. Mas, ora veja: é uma monarquia! O tesouro pertence ao rei: o rei é o Estado.
Fica a pergunta para os súditos da rainha, tão democráticos, tão cheios das "verdades" que não hesitam em esfregar na cara de todo o mundo como escudeiros da OTAN. A Suazilândia é tão membro do Commonwealth como a Austrália, a Nova Zelândia, a Escócia, a Irlanda e a própria Inglaterra. E aí, comissário Gordon? Como é que explica uma coisa dessas?!
Se você quer saber mais sobre a Suazilândia, vai ter que procurar. 99% do que se encontra na internet sobre o país são páginas oficiais ou oficialescas com informações turísticas e generalidades. Monarquia é isso.
Bah! Paro aqui antes que comece a vomitar.
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