PARTE 1: Introdução
PARTE 2: Extração
PARTE 3: Produção
PARTE 4: Distribuição
PARTE 5: Consumo
PARTE 6: Descarte
PARTE 7: Uma Alternativa
Pra saber mais e usar a interatividade, visite o site storyofstuff.com.
PARTE 1: Introdução
A imprensa anda fazendo auê da quantidade de camisinhas enviadas à equipe de pesquisas norte-americana na Antártica: 16.500 pra 125 pessoas; sendo que o estoque deve durar até pelo menos 20 de agosto (que é quando o inverno deve ceder um pouco, permitindo o pouso de novos vôos com suprimentos).
Que inglês é meio maluco, ninguém duvida, mas convenhamos que em plena crise de alimentos o objeto do esportezinho acima (um queijo de verdade e de bom tamanho) podia ser reconsiderado.
Neste final de semana, em ocasiões distintas, três idosos foram mortos por pitbulls no Brasil. Dos três, duas senhoras eram conhecidas dos animais: uma era vizinha e a outra a própria avó do dono.
Novamente ergue-se o clamor pelo extermínio de uma raça inteira como se os cães fossem os culpados.
Não são.
O que não aparece nunca na mídia são as condições a que muitos desses "assassinos" são submetidos por seus donos, ou quantos morrem vítimas de maus tratos e ferimentos em rinhas de cães espalhadas pelo país a fora. Não se cria um cão para rinhas mantendo-o na sala de estar com a família a assistir televisão. Não é culpa da raça pitbull carregar o estigma da violência e ser a eleita de 9 entre 10 mentecaptos antissociais que usam o cão para sublimar sua impotência.
Antes, e acima de tudo, o comportamento adulto de um cão é conseqüência direta da criação que teve, de como e o quê seu dono ensinou. Como selvagem que é (e sempre permanecerá, não importa o quanto o "domestiquemos"), o cão não vem equipado de fábrica com mecanismos de repressão social outros que os ditados pelo seu instinto de animal de matilha. Mas ele aprende, e aprende muito mais de nosso inconsciente do que imaginamos.
Se quero conhecer uma pessoa, observo seu cão. Não a raça desse cão, mas seu caráter, sua personalidade, a maneira como acolhe um estranho. Não falha nunca.
Odeie as pessoas, encha-se de preconceitos e suspeitas com estranhos, viva temeroso que alguém irá tentar roubar seu precioso quinhão; então prenda um cão desde filhote numa corrente no fundo do pátio com pouco ou nenhum contato com pessoas, incentive sua agressividade, puna-o com violência e racione sua alimentação.
Com qualquer ingrediente dessa receita, você será bem sucedido em transformar um chihuahua numa máquina assassina.
Uma dica pra governadora: às vezes se fazer de morto é a melhor solução. Assista ao vídeo, e vá praticando... quem sabe funciona também com CPI?
Não tem outro adjetivo que descreva tão bem as peripécias da placa preta n°001 na manhã de ontem pra burlar os carros da imprensa pelas ruas de Porto Alegre.
Essa vem de Santa Catarina, pra provar certas as más línguas que dizem que por lá acontece de tudo.
