17 de abr. de 2009

O FIM


As Ilhas Maldivas estão sendo engolidas pelo mar. A coisa é séria. Tão séria que o país já criou um fundo para a compra de terras em estados vizinhos para ir aos poucos movendo sua população, o que vem fazendo muito jurista coçar a cabeça pelo mundo a fora - particularmente na Índia, Sri Lanka e Chagos, seus vizinhos imediatos.

Pra quem não sabe, a República das Maldivas é constituída por um arquipélago de 26 atóis e 1.200 ilhas. Rodeada de colônias de corais, é um dos destinos turísticos mais cobiçados do planeta - são cerca de 600 mil turistas por ano. 80% de sua área fica a apenas 1 metro acima do nivel do mar. 96% de suas ilhotas têm uma área inferior a 1 Km quadrado. Em outras palavras, 47% das áreas habitadas situam-se a menos de 100 metros da costa.

Há vinte anos o arquipélago vem sendo afetado por desastres naturais. Em 1987, um maremoto inindou boa parte de Malé. Em 1998, o El Niño matou 90% dos corais situados a menos de 15 metros de profundidade. E em 2004 o tsunami devastou duas ilhas e forçou a evacuação de outras seis, deixando quatro mil desabrigados (isso numa população de 280 mil é bastante coisa).

"Não temos para onde ir: em caso de crise, nosso único recurso é subir nos coqueiros", ironiza Ahmed Abdullah Saeed, redator-chefe do grupo de imprensa Haveeru.

"O problema do aquecimento climático não é tanto a elevação das águas, mas sim a morte dos corais", diz Thomas Leber, especialista de uma agência de estudos ambientais. Isso porque a acidificação dos oceanos provocada pelas emissões de gás causadores do efeito estufa é fatal para esses organismos, já fragilizados por certas práticas de pesca, como a captura em massa de garoupa, espécie que exerce um papel fundamental no equilíbrio do recife de corais. Shiham Adam, o diretor do Centro de Pesquisas Marinhas, lembra o óbvio: "Se não houver mais corais, não haverá mais ilhas".

É uma sinuca. Por um lado, os empreendimentos turísticos tentam se manter à superfície (literalmente) construindo píers de concreto. Por outro, essas mesmas iniciativas têm abalado ainda mais o frágil ecossistema dos corais que tornam possível a própria existência das ilhas, contribuindo pra piorar ainda mais as coisas.

Não parece ter saída. O arquipélago, verdadeiro paraíso na terra, encara com angústia seu futuro apocalíptico.

Enquanto isso, os cruisers luxuosos continuam aportando cheios de turistas ávidos por passeios de lancha e jet-ski.

ENQUANTO ISSO, NA ULBRA...


Como é que é essa história da mantenedora ter sede numa oficina mecânica e o presidente não saber de nada, nadica de nada mesmo do que já vem acontecendo há anos?

TÁ CHOVENDO


R$ 118.651,20 é o quanto a viúva do senador Jefferson Péres (PDT-AM) recebeu de presente do povo brasileiro, por conta das passagens aéreas a que seu falecido marido teria direito entre janeiro e abril de 2008. O pagamento foi autorizado pelo então presidente do senado Garibaldi Alves (PMDB-RN).

Em entrevista à Folha de São Paulo, a viúva (uma juíza estadual aposentada) argumentou que o Senado "tem tanto desperdício de dinheiro público", que o pagamento a ela não pode ser considerado ilegal, pois a cota de passagem era do seu marido e, portanto, lhe pertencia.

Ah, é, cara-pálida?!

E nós aqui, pagando imposto... Cara de palhaço, pinta de palhaço...

O MUNDO EM QUE VIVEMOS



Enquanto a rapaziada do Pirate Bay vai amargar um ano de xilindró por "promover a quebra de direitos autorais", os canalhas que botaram o planeta nesta (mal)dita crise que já está custando vidas e ainda vai matar milhares de pessoas - particularmente crianças no terceiro mundo -, seguem à solta.

Pior: volta a crescer o apetite do (mal)dito mercado pelos "papéis de risco".

16 de abr. de 2009

DURA DE MATAR


Depois de anos de sofrimento, o bósnio Miroslav Miljici resolveu dar um fim ao martírio imposto pelas "calúnias" da sogra.

Primeiro, explodiu a casa da velha com um míssil anti-tanque e em seguida, por garantia, descarregou sua metralhadora.

Pra provar que vaso ruim não quebra mesmo, a danada sobreviveu.

Como prêmio, este outro Miroslav (esse nome deve ter um karma mesmo) vai amargar seis anos de xilindró.

Achei a pena leve: eu tascava uns 10 pela tentativa e outros 30 pela incompetência.

O ELEFANTE GAY


Polêmica no zoológico de Poznan, na polônia.

Acontece que o paquiderme acima (de costas, no centro da foto) exibe tendências homossexuais, preferindo a intimidade com outros machos às fêmeas.

Não pagamos 37 milhões de zlots (11 milhões de dólares) para que a maior casa de elefantes da Europa tenha um elefante gay vivendo lá - protesta o conservador Michal Grzes, do alto de sua incontestável autoridade moral pequeno-burguesa.

Do outro lado, o diretor do zoológico parte em defesa do elefante, argumentando que aos 10 anos de idade, Ninio (o paquiderme em questão) ainda é muito jovem para saber se prefere machos ou fêmeas, já que os elefantes só alcançam a maturidade sexual aos 14 anos.

Só falta descobrirem que Ninio também é fumante... aí sim a casa cai.

E tenho o dito.

2 de fev. de 2009

Mais um vídeo

Confesso que estou maravilhada, literalmente estupefaciada por finalmente poder unir talentos que por décadas me fizeram sentir meio esquizofrênica.

Pra comemorar, segue abaixo meu novo vídeo, onde uno minha música ao vídeo. Desta vez não me restringi a uma versão melhorada de um slideshow, mas usei vídeo mesmo, tratando e aplicando efeitos em trechos de filmagens que recolhi por aí.

Espero que você goste tanto quanto eu!