O lugar chama-se San Donaci, um vilarejo de 7 mil habitantes situado na província de Brindisi, bem no salto da bota italiana.
Nesse pequeno vilarejo morava uma senhora chamada Maria Margherita Lochi, a quem todos chamavam "Maria do Campo", porque morava ao lado do campo de futebol.
Poderiam tê-la apelidado "Maria dos Cachorros", porque acolher cães abandonados era o que dona Maria fazia além dos cuidados cotidianos a que se dedicam as solteironas do sul da Itália.
Talvez numa manhã cinzenta de inverno ou talvez numa tarde de calor escaldante - isso só os protagonistas sabem, mas nenhum irá nos dizer - dona Maria encontrou nas ruas um cão pastor a quem acolheu dando o nome de Tommy.
Daquele dia em diante tornaram-se inseparáveis. Onde quer que dona Maria fosse, Tommy ia junto e se a entrada de cachorros não era permitida, aguardava pacientemente à porta.
"Ele costumava atender à missa com a Maria e era obviamente tão devotado a ela que deixei que entrasse, pois era muito bem comportado e nenhum paroquiano jamais reclamou." - relata padre Donato, o vigário da paróquia de Santa Maria Assunta, acrescentando:
"Ele ainda vem à missa mesmo depois do funeral de Maria. Ele espera pacientemente ao lado do altar e só fica lá, sentado em silêncio. Não tive coragem de expulsá-lo, pois perdi meu cão recentemente, então deixo que assista à missa, depois deixo que saia."
"Perdi meu cão atropelado um tempo atrás...", relata Domenico Serio, prefeito de San Donaci, "e outro dia, caminhando com minha esposa, nos deparamos com Cicco. Pensamos imediatamente em adotá-lo. Ao ser chamado ele se aproximou oferecendo a pata com familiaridade. Seguimos para casa, e durante o percurso aproximaram-se o vendedor de sanduíches, o açougueiro e várias outras pessoas. Percebi então que as pessoas de todo o vilarejo já tinham adotado Cicco, e não tive coragem de romper essa comunhão. As crianças até arranjaram um lugar para ele dormir. Cicco é, em poucas palavras, o cão de todos."
BOM DIA!!!
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