Na verdade os rapazes aí em cima estão competindo para estabelecer a dominância e garantir a procriação - no que, a bem da verdade, não se distanciam muito dos saradões de plantão, com a única diferença que nossa espécie desenvolveu mecanismos mais dissimulados para atingir o mesmo fim.
O que me lembra o documentário que assisti outro dia sobre "atração", vista pela ciência como um complexo mecanismo biológico na busca pela diversidade imunológica e aprimoramento genético.
Segundo apurado pela ciência, definimos "beleza" como simetria, porque a assimetria física decorre basicamente da má genética, ou da incapacidade do organismo de debelar doenças infecciosas durante a gestação.
E tem a questão do cheiro, que é muito importante; porque cada indivíduo tem um odor único e específico, ou MHC (sigla em inglês para "complexo de histocompatibilidade principal"), que controla o sistema imunológico e, consequentemente, a rejeição de tecidos. Quanto mais parecido for o MHC de duas pessoas, menor será a atração, porque é grande a chance de rejeição em uma potencial gravidez.
Melhor explicado: o MHC é a "fragrância" que informa aos outros sobre a cobertura do nosso sistema imunológico, e é no melhor interesse da perpetuação da espécie que somos compelidos a buscar parceiros dotados de sistemas imunológicos preparados para atacar doenças diferentes daquelas para as quais já temos cobertura.
Não confiando 100% no olfato, nosso organismo tem um sistema de backup pra comprovar a compatibilidade do MHC: o beijo. É por isso que às vezes a gente não entende como é que o tão esperado beijo pode ter saído tão ruim. Mas, a bem da verdade, é preciso ressaltar que o MHC sozinho não é o culpado pelo beijo ruim: é pelo beijo que "testamos" os niveis de testosterona do outro que deve ser, idealmente, baixo nas mulheres e alto nos homens.
Mas a coisa vai mais longe: sabe por quê uma mulher de cabelos compridos atrai mais que uma mulher de cabelos curtos? Porque como os cabelos crescem em média 15cm por ano, uma mulher com cabelos pelos ombros mesmo que não saiba, está "divulgando" seu estado de saúde pelos últimos quatro anos.
E as gordurinhas? Bem, diversas doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, por exemplo, se evidenciam pelas indesejáveis gordurinhas localizadas.
Mas cuidado aí: magreza demais também é indicativo de um organismo menos apto a gerar "crias" saudáveis.
A coisa vai bem mais adiante, mas como quem se interessar vai achar bastante leitura, basta procurar, eu paro por aqui.
Só fico me perguntando: será que esse arsenal de disfarces cosméticos e cirurgias plásticas que desenvolvemos para ganhar artificialmente uns pontinhos na corrida individual pela reprodução não está minando a diversidade imunológica e o aprimoramento genético da humanidade como um todo?
BOM DIA!!!
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