6 de jun. de 2013

NÃO AO BOLSA-ESTUPRO


Enquanto nós cronópios fazemos das tripas o coração pra viver com alguma dignidade e sermos tão felizes quanto possível, espalhando amor e alegria ao nosso redor, os arautos da escuridão, talvez por inveja da luz que irradiamos, seguem estendendo tentáculos para nos roubar o sol.

Não é de hoje nem de ontem, pois até a Bíblia faz referência às pessoas que não satisfeitas em serem infelizes querem impor sua miséria ao resto da humanidade. Ultimamente temos assistido fortes iniciativas da bancada evangélica neste sentido. Não digo que religião seja ruim, nem tenho nada contra evangélicos em geral. Nada disso, não me entenda mal.

Não estou falando da maioria das pessoas que é capaz de orar e praticar sua religião com respeito e tolerância pelas demais. Falo de uma minoria que não entende, não assimila, que é incapaz de entender que religião é uma opção pessoal e intransferível. Essas pessoas intolerantes são as mesmas para quem toda religião se traduz em códigos de conduta, em ideias fixas e imutáveis sobre como toda a humanidade pelos cinco continentes deveria viver e se comportar. Para esse tipo de gente, religião é poder. Eles não têm fé: elas professam a fé. São duas coisas bem diferentes.

Quem tem fé de verdade não espalha aos sete ventos nem tenta convencer aos outros que sua verdade é maior: ele sente essa verdade como maior para si, e é o quanto basta: sua própria existência se dá num diálogo constante com Deus que dispensa intermediários. Pessoas assim convivem perfeitamente em sociedade sem tentar impor suas opções de vida aos demais.

Quem tem fé de verdade pratica a tolerância, o perdão e a compaixão, porque essa é a Lei de Deus: "ama a teu próximo como a ti mesmo". Claro que fica difícil praticar isso quando não existe o amor por si mesmo.

O que me interessa se a mulher do 702 fez um aborto? Isso é entre ela e Deus. Não cabe a mim julgar, não cabe a mim proibir: não a conheço, não sei nada dos motivos que a levaram a fazer esse aborto. Só sei de mim, e é só por mim que respondo.

Viva e deixe viver. Cada um que busque Deus do seu jeito. Uma coisa é certa: à força é que ninguém vai encontrar.

De mais a mais, juntando-me à campanha pela manutenção do bom-senso na sociedade brasileira, elaborei uma série de cartazes para quem quiser usar.

Ah, e se você como eu defende o livre-arbítrio, aproveite para assinar a petição aqui: http://www.avaaz.org/po/petition/Diga_NAO_ao_Estatuto_do_Nascituro_PL_4782007/?ffdAVab&pv=97

Agora aos outros cartazes:







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