Durante as guerras civis do Japão feudal, (período conhecido como Sengoku que se estendeu do séc. XV ao XVII no qual, por sinal, floresceram os samurai); era comum os exércitos invadirem aldeias e cidades saqueando, matando e cometendo atrocidades.
Também era comum portanto, que ao primeiro sinal de aproximação de um exército, os aldeões abandonassem aldeias e cidades às pressas buscando refúgio nas florestas ou nas montanhas próximas até que o perigo passasse.
Assim acontecera em mais uma remota aldeia no interior do Japão abandonada por todos, à excessão do velho mestre zen tranquilamente postado à entrada do templo local.
Intrigado, o general do exército invasor dirigiu-se ao templo para conhecê-lo e decidir o que fazer dele.
Ao se aproximar, julgou que o velho não o recebia com a deferência e submissão às quais estava acostumado.
Ofendido, esbravejou desembainhando a espada:
- Seu tolo! Não se dá conta que está na presença de um homem que poderia cortá-lo em dois num piscar de olhos?
- E você não se dá conta de que está diante de um homem que pode ser cortado em dois num piscar de olhos? - devolveu o velho mestre com firme serenidade.
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